Na edição especial de número 22, a Revista Batistas SP (BSP) apresentou a última reportagens da série “Doar é Amar”. A publicação referente ao último trimestre de 2020, abordando os meses de setembro a dezembro, abordou a doação de recursos financeiros.
A BSP é o veículo oficial da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP)
A série teve início com texto sobre a doação de sangue e plaquetas e foi seguida por reportagem que falou da doação de bens materiais. Já a terceira abarcou a doação de leite materno a bancos de leite humano e a quarta trouxe a doação de tempo. Todos os conteúdos foram produzidos pela colaboradora da CBESP, a jornalista Edna Geraldo. Clique aqui e tenha acesso a essa e a edições anteriores.
Partilha valorosa*
Reportagem de Edna Geraldo
Quando falamos em doação de recursos, a contribuição em dinheiro é um dos principais tipos que nos vem à mente. Ela é a mais usada, tanto por quem deseja ajudar quanto pelas organizações, instituições ou pessoas, que podem empregar essa renda para inúmeras necessidades do dia a dia, e podem ser esporádicas ou mensais, desde que acompanhadas para verificação de seu bom uso. Esse é o tema da última reportagem da série “Doar é Amar”.
“Meu avô, Samuel, era um contribuinte assíduo com as agências missionárias, e meu pai, Silvio, e meus tios seguiram seu exemplo. Agora, eu e minha família, minha esposa, minha mãe e minha irmã, continuamos contribuindo financeiramente com missionários das nossas agências, pois entendemos a importância desse ato, além de devolvermos fielmente o dízimo de nossas receitas”, conta Silvio Pereira do Valle Júnior sobre o histórico dos Pereira do Valle na doação de recursos financeiros para Missões.
Esse prazer em contribuir financeiramente tem reflexo também na Primeira Igreja Batista de Garça, onde a família congrega. “A igreja sempre entendeu sua responsabilidade na cooperação denominacional, e, nos últimos 13 anos, a participação da PIB de Garça no Plano de Cooperação Batista tem sido ininterrupta”, relatou pastor titular Edson Almeida.
“Em nosso caso, mesmo no período de oito anos construindo o edifício de educação, não deixamos de, fielmente, contribuir financeiramente com a obra missionária e com o Plano de Cooperação. Isso porque cremos que o Senhor estava suprindo, tem suprido e suprirá a igreja em suas ações”, ressaltou.
Além dos projetos missionários que dependem desse suporte financeiro para continuarem com suas atividades, a carência de recursos para manutenção de atividades assistenciais é uma dificuldade para instituições do terceiro setor, inclusive àquelas ligadas à denominação no cenário estadual.
O Lar Batista de Crianças, que conta com cinco creches, sete abrigos e três outros projetos sociais no Estado, atende 1.500 crianças nessas três modalidades. Recebendo um recurso de 80% de suas necessidades do poder público através de um termo de colaboração, a organização sem fins lucrativos supre os outros 20% com recursos próprios, provenientes de doações de pessoas físicas, jurídicas e eventos realizados pela instituição, informou o presidente da instituição, pastor Marcelo Longo.
Com capacidade para atender 38 idosos, o Recanto dos Avós hoje conta com 23 internos. “Nossa maior necessidade atualmente é justamente de recursos financeiros para cobrir a folha de pagamento dos funcionários, pois não recebemos nenhum tipo de ajuda financeira governamental, e nossa receita vem do pagamento dos idosos, que supre apenas 40% de nossas despesas. Também recebemos cerca de 15% em ofertas de igrejas, de pessoas físicas e de jurídicas”, disse o pastor Hélio Dibiasi, vice-presidente da associação gestora do local.
Para a reportagem da Batistas SP, Harumi Kakugawa, gerente de Missões da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), enfatizou a importância financeira para a obra missionária. “Para nós, como crentes, é um privilégio poder participar das diversas ações missionárias, envolver-se com doações, auxiliar direta ou indiretamente nos campos missionários, conveniados e associados da CBESP. São inúmeras as necessidades, deixemo-nos ser usados por Deus e sejamos pontes na obra missionária investindo financeiramente, assim também com nossos dons e talentos e especialmente com nossas orações”, destacou.
Como outras organizações filantrópicas, a Casa Acolher necessita também desse apoio para garantir atendimento a irmãos batistas que estão em tratamento de câncer na cidade de Barretos. “Vemos como é importante e necessária a doação de recursos financeiros, principalmente neste tempo de dificuldades, pois quantas organizações filantrópicas, principalmente, não morreram neste tempo de pandemia por falta de recursos financeiros? É certo que muitas! Mas nós, povo de Deus, temos a oportunidade de, além de nossas orações, ofertar, doar financeiramente àqueles trabalhos que, muitas das vezes, lutam para sobreviver,” encorajou o pastor Marcelo Rateiro, presidente da Casa, acerca do empenho no cuidado com a instituição.
*Reproduzido a partir da Revista Batistas SP (Ano IV / Edição 22).