A equipe de reportagem da CBESP esteve em outubro o Museu da Bíblia, sediado na cidade de Barueri, na Grande São Paulo. A visita gerou material que tratou de traduções bíblicas e outros detalhes sobre as Escrituras.
A CBESP entrevistou o missionário José Brito, que atua há 25 anos com a evangelização de indígenas no país, abordando a maneira como as Escrituras são apresentadas a esses povos. Conversou também com Eulina Torres, paulista que escreveu a Bíblia completa a mão em 2008, durante o primeiro Ano da Bíblia.
Publicado na 6ª edição da Batistas SP, o texto abordou ainda o segundo Ano da Bíblia no Brasil. Celebrado agora em 2018, ele acontece dez anos após sua primeira edição. Há também dicas para leitura e estudo do Livro Sagrado.
Essa e outras edições da Batistas SP estão disponíveis gratuitamente no site da Convenção.
Comovida pelo Ano da Bíblia de 2008, Eulina Torres reescreveu a Bíblia toda à mão durante 4 anos e 5 meses. Uma década depois, o resultado dessa tarefa está exposto no Museu da Bíblia, em Barueri, na Grande São Paulo. Membro da Igreja Batista Central de Santo Amaro, na Capital, Eulina já havia lido todos os textos sagrados 25 vezes.
De acordo com dados divulgados neste ano pelos institutos Gallup e Pew Research, o Facebook é mais lido do que a Bíblia entre os cristãos. “Para a evangelização e transformação duradoura é necessário que se entenda a mensagem e a linguagem de toda a Bíblia”, afirmou o pastor e missionário José Brito.
O obreiro batista atua há 25 anos com a evangelização de indígenas no Brasil, e recorre a figuras e histórias do conteúdo bíblico para alcançar estes povos, que hoje somam quase um milhão de pessoas que ainda não possuem as Escrituras em sua língua ou dialeto.
“Levamos cerca de 5 a 6 anos para que eles (indígenas) entendam o conteúdo do evangelho. Com muita vivência e com a mensagem do Senhor, eles compreendem o sentido da oração”, disse o pastor, ao enfatizar a importância da leitura bíblica a um povo que possui hábitos como orações e louvores ao sol, lua, estrelas e pássaros.
‘A Bíblia transforma aqueles que creem’ (Eulina Torres, transcreveu a Bíblia toda a mão)
Hoje no mundo mais de 3.222 línguas faladas por pequenos grupos, abrangendo mais de 250 milhões de pessoas, que não possuem um só trecho da Bíblia. Só no Brasil, 13 milhões de pessoas no Brasil são analfabetas e não conseguem ter acesso direto ao conteúdo das Escrituras Sagradas.
Para Mario Rost, gerente de desenvolvimento Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), a tradução e a mobilização da leitura bíblica pelo país é uma benção. “Devemos celebrar que mais uma vez Deus foi fiel conosco, e a sua Palavra está entre nós de uma forma que podemos compreendê-la, e assim, vivê-la.
Em 2018, haverá promoção de um 2º Ano da Bíblia, dez anos depois da primeira edição. A programação visará a participação das igrejas em maratonas de leitura, ciclo de palestras sobre o Livro Sagrado, cultos especiais, exposições, festivais de música, passeios ciclísticos e carreatas, entre outras atividades.
A campanha “Bíblia: o Livro da Esperança” começou em dezembro, no Dia da Bíblia. O alvo é destacar a importância das Escrituras e levar esperança.
Este ano é celebrado o segundo Ano da Bíblia. O primeiro foi em 2008
No final de 2017, a reportagem da CBESP visitou o Museu da Bíblia e a gráfica da Sociedade Bíblica do Brasil. Além de entrevistar o gerente de desenvolvimento da SBB, pastor Mário Rost (vídeo no Canal da CBESP no YouTube), a reportagem acompanhou os processos de montagem e de distribuição da Bíblia, além de conhecer as etapas para diferentes línguas e diferentes projetos.
Para os empenhados em estudar as Escrituras, algumas sugestões são a “Sua Bíblia”, da Thomas Nelson Brasil. A edição traz espaços laterais para incluir anotações pessoais. Outras edições apresentam materiais de apoio, como as comemorativas produzidas pela Editora Vida e pela SBB para os 500 anos da Reforma Protestante. A data foi comemorada em outubro de 2017 e, em novembro, com o Concerto da Reforma.
(Com reportagem de Guilherme Soares)