Vocação exige pessoas que busquem por capacitação

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A edição novembro-dezembro da Revista Batistas SP (BSP) tratou em uma de suas reportagens sobre a necessidade de preparo para cumprir com a vocação.

O texto traz relato de profissionais qualificados, que, para atender ao chamado ministerial, estão em busca de capacitação acadêmica. Há também dicas de um consultor vocacional para quem ainda está em dúvida de qual seria sua vocação.

Edição janeiro-fevereiro da BSP já está disponível para download

Entre os outros textos da BSP 11 reproduzidos no site da CBESP, está a reportagem de capa, que abordou o drama do envelhecimento, um sobre a evangelização de jogadores de videogames, e sobre os 114 anos da Convenção. Também há artigos da Ordem dos Diáconos e Diaconisas Batistas do Estado de São Paulo (ODBESP), da seção São Paulo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB-SP), da União Feminina Missionária Batista do Estado de São Paulo (UFMBESP), e da União Missionária Masculina Batista do Estado de São Paulo (UMMBESP). Leia essa e outras edições nesse link. Aproveite e faça seu cadastro para receber a Revista Batistas SP em sua casa.

Liderar e cumprir com a vocação exigem continua atualização para estar à altura dos desafios que surgem pelo caminho (Reprodução)

Preparados para a missão*

Por Chico Junior

A leitura de que Deus é igual ao velho de cara irritada das imagens do Tio Sam exigindo a presença de desavisados para uma tarefa impossível e dolorosa é certamente a “visão  aterradora” de boa parcela de cristãos quando o tema vocação vem à tona. Esse mal-estar é sintoma de uma falsa compreensão do assunto – do próprio Deus – e, enfraquece as condições ideais para servi-Lo com excelência na igreja e também de modo missionário no mundo, analisam os entrevistados nesta reportagem, complementada pelo artigo da AMBESP.

Sócio-fundador da Mammute Treinamento e Desenvolvimento Humano e Organizacional, Marco Aurélio da Silva é um dos que ajudam a arejar essa questão. “Nossa vocação é parte integral do chamado de Deus pra cada um de nós. É um chamado para sermos parceiros Dele, no trabalho Dele, e pra glória Dele”, enfatizou sobre a essência da tarefa e a necessidade de preparo a fim de cumpri-la (veja mais dicas abaixo). 

Couch, especialista em gestão organizacional e pastor graduado pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo (FTBSP), Marco Aurélio destacou que “vocação” significa “chamar”, em latim, e apontou que esse chamado é divino, e vai além do mero pensar em carreira ou satisfação pessoal.  

‘Seu melhor tem que aparecer pelo seu trabalho’

Marco Aurélio da Silva, consultor vocacional

Diretor da Teológica, professor Lourenço Stelio Rega partilha dessa visão de vocação. Ele abordou ainda a importância da capacitação, justamente para atender a esse chamado. “Tenho notado que, quando a pessoa tem a percepção de como o Novo Testamento (conecta na vida integral trabalho e ministério), ela fica maravilhada em poder servir ao Reino de Deus também por meio de sua profissão, e, daí, quer se preparar melhor para isso.” 

A oferta de ensino que considera a formação do aluno além do aspecto acadêmico e de prática ministerial, a plataforma de Ensino a Distância, boa infraestrutura e corpo docente qualificado são algumas das demonstrações do esforço da instituição para capacitar os vocacionados, ressalta Lourenço. 

A perspectiva desse apoio no desenvolvimento para vocação levou Fernando Quintanilha, 54, à FTBSP. “A capacitação (acadêmica) aparelha o seu chamado”, afirmou. Ele é técnico mecânico, engenheiro de produção, e pós-graduado em administração industrial. 

A juventude batista também vem trabalhando com seus jovens a simultaneidade ministerial e profissional do chamado, comenta o presidente da JUBESP, Jônatas Oliveira. “Creio que a vocação para a obra missionária e a escolha da profissão devem ser tratadas de forma integrada, caso contrário, a escolha da profissão terá prioridade em relação à vocação para a obra de Cristo”, declarou.

Já entre os pastores, a seção São Paulo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB-SP) age para que o ministro atue como mentor do vocacionado, disse o pastor Juracy Ribeiro, diretor executivo da Ordem.

Mammute ajuda
na sua vocação

A pedido da reportagem, o especialista em desenvolvimento humano e organizacional Marco Aurélio da Silva alistou observações para ajudar na descoberta da vocação. 


1. Você sabe identificar seus talentos, seus dons e suas habilidades?

Coloque isso numa folha. Escreva cada um deles.

2. Recebe resposta positiva daquilo que faz?

A confirmação contínua de tarefas bem feitas é bom indicador de qualidades inatas ou adquiridas.

3. Esse conjunto de habilidades está organizado e permite que você ajude pessoas?

Por exemplo, você conhece química, e, daí consegue ensinar outros e fazê-las aptas também. 

4. Existe uma necessidade próxima pela qual você se sente responsável, e esses talentos e dons poderiam suprir essa necessidade?

Aristóteles diz que onde as necessidades do mundo e as suas habilidades cruzam, ali mora a sua vocação. Quando as necessidades do mundo gritam por alguma coisa e as suas habilidades são a resposta, essa é a sua vocação.

5. O que é necessário que você aprenda para fazer ainda mais bem feito?

Precisa experimentar e praticar mais, e ter maior maturidade pra discernir as circunstâncias. 

Aos mais jovens, a Mammute aconselha a aprender coisas novas, “desaprender” o que não faz mais sentido, reaprender e ensinar. “Essas habilidades se tornaram fundamentais aos profissionais de todos os setores e de todas as áreas que querem estar nesse novo ecossistema, o qual tem uma formação acelerada e exponencial”, afirmou Marco Aurélio. 

* Reproduzido a partir da Revista Batistas SP (Ano II / Edição 11).

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