Oradora da 111ª Assembleia é entrevista pela Batista SP

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A reportagem da Revista Batistas SP (BSP) entrevistou a oradora oficial da 111ª Assembleia CBESP, que será realizada em julho e já tem inscrições abertas com preços promocionais para mensageiros.

Marlene Baltazar é educadora e tem vasta experiência nas atividades denominacional, com abrangência nacional e internacional. A entrevista da edição 12 ganha destaque nesta semana do Dia da Mulher.

Outros conteúdos da BSP 12 já foram publicados e estão disponíveis, como a reportagem de capa, o artigo do presidente da CBESP, pastor Manoel Ramires, falando da importância de se revisar a organização convencional, a coluna do diretor executivo do CAM-CBESP, pastor Adilson Santos, sobre o engajamento do cristão na transformação social do País, e o empenho por capacitação continuada feito pelos missionários da CBESP. A próxima edição será distribuída em março. Faça seu cadastro e passe a receber em casa sua BSP.

A voz da experiência*

Por Chico Junior

Indicada e eleita na 110ª Assembleia da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), em 2018, para ser a oradora oficial neste ano do encontro anual dos batistas do estado paulista, a educadora Marlene Baltazar da Nóbrega Gomes disse em entrevista à Batistas SP que o convite é um “privilégio” e põe a CBESP na “dianteira denominacional”. Ela é a primeira preletora na abertura do evento convencional no Estado. Marlene tem 57 anos de vida cristã e soma passagem por diversas lideranças na denominação, nacional e internacionalmente, como a presidência da União Feminina Batista da América Latina. 

Marlene Baltazar é educadora (Thiago dos Anjos/IB Liberdade)

Esta é a segunda vez entre os batistas de São Paulo que haverá uma oradora. De modo particular, qual foi o seu sentimento ao ser convidada e ao saber desta abertura para uma preletora?**
Foi realmente com muita surpresa. Acreditei, porque o pastor Irland Pereira de Azevedo falou diretamente comigo. É provável que se viesse de alguém que não conheço, ficaria em dúvida. Sei que é um grande privilégio, e a responsabilidade é tremenda. Conto com a misericórdia e a graça de Deus para fazerem de mim um instrumento que glorifique ao Senhor. Vejo que a CBESP está na dianteira, em nossa denominação, quando escolhe uma mulher como oradora de sua Assembleia. Isso não é comum! 

Os quadros das lideranças na denominação permanecem ainda bastante concentrados. Como promover mais diálogo e incluir mais e novas partes?
O que mais me toca ao estudar os evangelhos é ver como Jesus atuava. Não fazia, e não faz, acepção de pessoas; em seu ministério incluiu crianças, adolescentes, jovens, adultos, homens e mulheres. Aceitou a cooperação das mulheres, conversou com as mulheres, elas fizeram parte do seu ministério. Espero que as lideranças de nossa denominação olhem para a mulher como um ser que Deus usa e possa confiar a elas responsabilidades como Jesus o fez. Ter uma oradora na Assembleia da CBESP é um reconhecimento do papel da mulher como agente ativo no cenário denominacional. 

Inscrição para 111ª Assembleia CBESP e para Conferência Saúde Integral do Cristão

Mensagem vai abrir programação da 111ª Assembleia CBESP

O que o público de mensageiros pode esperar na abertura da Assembleia?
Que o Espírito Santo de Deus fale. Que haja uma conscientização do querer de Deus para cada um, neste momento crucial em que vivemos, especialmente no Brasil. É fundamental entender que o orador é apenas um canal, não devendo ser a sua palavra valorizada ou desvalorizada por ser homem ou mulher. 

A denominação tem longa tradição e é esforçada em usá-la de modo favorável para impulsionar atualizações e mudanças necessárias. A senhora observa alguma transição denominacional para enfrentar os desafios do século 21? 
Até o momento temos sido muito tímidos. Ainda temos muita preocupação quando se trata de nosso envolvimento com as áreas social, política e educacional. Precisamos viver realmente o que pregamos e ensinamos. Não estou generalizando, mas, algumas vezes, falta compromisso, perseverança para vencer dificuldades inerentes ao novo contexto desafiador. Questões como a migração, o desemprego, política e cidadania, por exemplo, devem ter um posicionamento mais incisivo de nossa denominação. Reconheço que nossas juntas missionárias têm feito sua parte, promovendo ações sociais, como a Cristolândia, evangelização, oferecendo esclarecimento sobre as responsabilidades do cristão no mundo. O trabalho de nossas juntas está alcançando o mundo, porém, ainda há uma lacuna grande, quando olhamos para a denominação de forma integral. Talvez, grande parte da denominação não tenha compreendido o caráter emergencial da necessidade de atuação do cristão em áreas ainda não abordadas, mas que são de profunda importância no século 21. 

O que imagina e sonha para o cenário batista? 
Gostaria de ver mais colégios batistas, um plano de ajuda para o sustento de pastores que atuam em igrejas pequenas, que houvesse unidade entre as igrejas e um programa de cooperação entre elas, o que é exercido no campo teórico e nem sempre prático. Que as mulheres fossem vistas como seres capazes de liderar e recebessem da denominação apoio para tal, que os jovens fossem capacitados e desafiados a exercer a influência cristã na universidade. Já temos algum material para isso, mas faltam vidas disponíveis a serem usadas por Deus. E que a denominação olhasse mais para as igrejas.

* Reproduzido a partir da Revista Batistas SP (Ano III / Edição 12).

** Diferente do publicado na edição, Marlene não será a primeira oradora da história das Assembleias Anuais da CBESP. A informação será retificada na BSP 13.
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