No início do século passado a expectativa de vida do brasileiro era de 33,7 anos. Há 70 anos, em 1950, essa expectativa havia quase dobrado (65 anos). E hoje a expectativa de vida de um brasileiro ao nascer é de 75,5 anos. Enquanto isso, em 10 anos, a taxa de natalidade no Brasil caiu de 2,14 filhos nascidos vivos por mulher para 1,74. Uma queda de 18,6% (de 2005 a 2015).
Este breve panorama da nossa população indica que cada vez mais pessoas idosas farão parte de nossa sociedade. Em nossas comunidades eclesiásticas será maior a participação de pessoas idosas nas atividades e ministérios das igrejas. Diante disso, é preciso lançarmos um novo olhar sobre a terceira idade e sobre o envelhecimento.
O idoso é visto pela maioria como alguém que não produz, como o ‘velho’
Uma pesquisa feita com idosos em 2011 revelou um discurso muito interessante entre os pesquisados, muitos deles disseram coisas como “…por dentro ainda sou o(a) mesmo(a).” O idoso é visto pela maioria como alguém que não produz, como o aposentado, que não tem mais força, que ficou confuso… Enfim, o velho.
O que tem sido descoberto, no entanto, é que as limitações dos idosos são muitas vezes impostas pelos mais jovens, como os filhos, os empregadores e até mesmo os pastores e líderes das igrejas.
Os idosos, na realidade, possuem características muito preciosas, as quais talvez ficaram escondidas debaixo da pele enrugada e dos cabelos brancos. A iniciativa privada já percebeu isso e tem tido excelentes resultados na contratação destas pessoas. A paciência para ensinar, a resiliência e a agilidade na tomada de decisão são algumas destas características.
O idoso possui algumas limitações, é verdade, mas ele sabe conviver com elas. E sendo dada a oportunidade para que ele atue, é muito provável que surja ali uma mente vibrante, pronta para alcançar metas e realizar sonhos.