Vida de professor: privilégio de ensinar como missão

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Data reservada desde 1947, a homenagem aos educadores brasileiros completa 70 anos no próximo domingo, dia 15. Idealizador da comemoração, o educador Salomão Becker dizia que professor é uma profissão, enquanto “educador é uma missão”. Para falar dessa missão e homenagear os professores, a equipe da CBESP ouviu alguns mestres sobre esse privilégio missionário.

“Como aluno, pude mudar minha visão teológica, espiritual e também pessoal”, contou José Eduardo Lopes, diretor da Faculdade Teológica Batista de Campinas, ao expressar sua gratidão a um antigo professor. Além de “transmitir conteúdo e informações”, a atuação do professor abrange toda a construção, formação e ideologia dos estudantes, argumenta o diretor.

José Eduardo também é pastor (Arquivo Pessoal)

“Participar da formação espiritual de um aluno é um privilégio, que não pode ser tratado como uma ‘pressão’, mas como vocação.” Ele atua há 17 anos na área da educação.

Também pastor, José Eduardo é ministro na PIB de Jaguariúna. Ele comentou o impacto da formação ministerial e a importância do relacionamento entre professores e alunos, comparando sua atuação na Faculdade com os ensinos que prega em sua igreja. “Na igreja se ensina o dia a dia da vida de um cristão, na faculdade se ensina a pessoa que irá conduzir o futuro de outros nessa vida cristã”, afirmou.

Também enfatizando o relacionamento entre os professores e os alunos, Márcia Gioia, professora de Ética Cristã no Colégio Batista Brasileiro, em Perdizes, apontou como é criado um vínculo de amizade, companheirismo e respeito, mesmo com alunos que não possuem religião.

Desse modo, segundo ela, os estudantes são alcançados através da conversa, atenção e dedicação, e começam sozinhos a perceber no dia a dia as verdades do Evangelho.

Professora Márcia com alunos do 5º ano (Divulgação/CBB)

“O grande desafio é mostrar que a base de tudo na vida é o nosso relacionamento. Ensinamos que o que é pregado por Jesus sobre os relacionamentos dá certo quando colocado em prática”, disse. Para a professora, que atua na área da educação há 28 anos, é através de atitudes de respeito que eles passam também a respeitar a Bíblia.

Márcia contou a história de uma ex-aluna que se converteu a partir de aconselhamentos recebidos durante as aulas. A estudante dizia se sentir abandonada, e que seus pais nem perceberam quando ela começou ou parou com o uso de drogas.

Após uma série de aconselhamentos com a professora, a aluna se converteu e começou a participar também do ministério de louvor de sua nova igreja. “Nosso objetivo era fazer ela se sentir amada. Isso marca muito, uma experiência como essa reforça pra nós o verdadeiro sentido de tudo o que a gente ensina”, afirmou Márcia.

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