Igrejas batistas trabalham para ter ministérios a Down

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Uma das reportagens da edição 13 da Revista Batistas SP (BSP), que começará a circular em breve, traz como destaque ações ministeriais realizadas por igrejas em busca da inclusão de pessoas com Síndrome de Down.

O movimento em favor desse grupo da sociedade tem na data de hoje (21/3) o reconhecimento da ONU.

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Dia do Sorriso*

Por Chico Junior

Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País abriga cerca de 300 mil pessoas com Síndrome de Down. Movimentos por inclusão já venceram algumas barreiras em favor desse grupo da população, como o ingresso na vida escolar e profissional. Medidas que aumentam as chances de desenvolvimento.

Com ministérios, igrejas visam cuidar das famílias (Reprodução)

Na luta por ampliar essas iniciativas, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu no calendário oficial a data de 21/3 como Dia Internacional da Síndrome de Down – a razão está na referência à alteração no cromossomo 21, que, em vez de ser um par como os demais, é um trio, e, por isso, é responsável pela falha genética. Entre as igrejas, contudo, esse obstáculo custa a ceder. Mas a demanda social e o alvo de cumprir com a missão cristã vêm alavancando resultados.

Localizada na zona sul da capital paulista, a Primeira Igreja Batista no Jardim das Imbuias se deparou com a necessidade de trabalho com esse público a partir da chegada do irmão mais velho de uma jovem convertida. “Ela começou a trazê-lo, e vi o menino com dificuldade de ser incluído. Daí, fui confrontado pelo Espírito Santo a buscar como apoiá-lo, como mudar meu paradigma, e a descobrir como pastorear uma pessoa fragilizada assim”, contou o ministro de jovens, pastor Pedro Baccarat.

Com uma filha de 5 anos com Down, a professora Maritza Carvalho Francisco colabora para a criação de uma proposta ministerial na Igreja Batista em Perdizes, zona oeste do município de São Paulo, onde a família é membro desde 2015.

Cerca de 300 mil portam síndrome no Brasil (Reprodução)

“Quando chega uma criança com deficiência, a gente, às vezes, costuma olhar só pra limitação, tanto dela quanto a nossa própria de não ter o conhecimento específico necessário para cuidar dela”, disse sobre o planejamento que vem sendo elaborado para traçar ministérios inclusivos na igreja toda – além do infantil, que será o projeto piloto.

Questionada sobre os desafios para iniciar um trabalho deste numa igreja local, Maritza, que é doutoranda em Engenharia da Computação, comentou que a carência de publicações disponíveis acerca de ministério infantil inclusivo foi um entrave inicial. Mesmo dilema encontrado pelo pastor Pedro. “Eu sou até bom em fazer pesquisa bibliográfica. Pesquisei em inglês, francês, e nada.”

O Evangelho da forma mais acessível possível

Em sua tentativa, ele descobriu alguns blogs de mães que relatavam experiências negativas delas e de suas famílias no relacionamento com as igrejas, como o praticamente obrigatório revezamento no culto para cuidar da filha ou do filho especial. A queixa recai no despreparo para a inclusão.

Mãe sensibiliza com foto de filhos (Eliana Tardio – sites.ed.gov)

A fim de vencer essa demanda um tanto quanto pioneira, a proposta em elaboração na IB Perdizes visa a desenvolver a capacitação dos voluntários a partir de videoaulas e apostila, apoiados por encontros presenciais como tira-dúvidas. Os materiais vêm sendo motivado no levantamento de referências de ações nacionais e internacionais.

“Estamos vendo no dia a dia de nossa igreja a chegada de pessoas que nos desafiam a aprender coisas novas”, comentou Maritza sobre o primeiro desafio enfrentado, que é o de despertar a conscientização dos voluntários para a capacitação. Além de pessoas com Down, outras necessidades exigem a atenção da igreja local, como o autismo ou o transtorno do déficit de atenção, por exemplo.

Ao responder sobre a adoção de trabalho semelhante, ela encoraja pais e mães a atentarem para a missão da paternidade e da maternidade. “Tendo eles necessidades especiais ou não, negar a nossos filhos a chance de conhecer esse Deus maravilhoso, que cuida da gente, e Jesus Salvador, é limitar a vida na sua plenitude.”

* Reproduzido a partir da Revista Batistas SP (Ano III / Edição 13).

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