Criada a partir do gameta feminino e masculino, a nova célula gerada é um ser humano. Essa declaração foi o centro da argumentação do especialista em Bioética e diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo (FTBSP), Lourenço Stelio Rega, na audiência pública que discutiu sobre razões para legalizar ou não aborto para gestações até a 12ª semana.
‘Temos que considerar a possibilidade
de progresso de uma pessoa que não pediu para nascer’
Lourenço esteve na consulta pública realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, segunda-feira (6), como representante da Convenção Batista Brasileira (CBB). O encontro foi teve início na sexta (3) e contou com preletores (especialistas e ativistas sociais) favoráveis e contrários à descriminalização do aborto. O tema será discutido pelos ministros do STF em breve.
Durante 20 minutos, professor Lourenço explanou o tema e o avaliou a partir do ponto de vista biológico. Em um dos momentos, ele afirmou que a fecundação dá origem a um outro ser. “Os dois gametas dos genitores formam uma nova entidade biológica, iniciando o surgimento de um ser-outro, diferente do ser-gestante”, disse. Por meio de diversos exemplos e embasamentos científicos, o diretor da Teológica mostrou que um embrião humano é uma pessoa, e que, por isso, merece também o direito de viver.