Criação que objetiva homenagear todos os “amigos virtuais” que se conectam através de uma das redes sociais mais populares do mundo, sábado (4) foi o “Dia do Amigo do Facebook”. A data coincide com a da criação dessa ferramenta de comunicação que aconteceu no ano de 2004, portanto há 13 anos.
Chamo a atenção para a expressão muito usual nesse contexto que é “amigo virtual”. Mas, um amigo pode ser virtual? Algo virtual pode ser íntimo nosso?
Os dicionários definem virtual como “o que existe como potência, porém sem exercício; que não é real. Algo que tem força e efeito, mas que, de fato, não existe”. Um exemplo é aquilo que você enxerga quando olha no espelho: está lá, mas não é real. Outro exemplo: um expert em computação pode criar coisas maravilhosas aparentes na tela do aparelho, porém, um toque numa tecla pode fazer tudo desaparecer num instante, pois nada existiu de fato.
Um relacionamento pessoal não pode ser assim tão artificial. Nenhum amigo pode ter a classificação de “virtual”. Seria como dizer a alguém: “Você é meu amigo, mas, de fato, para mim você não existe”. Que paradoxo! Que contradição!
No entanto, a Bíblia ensina como são e agem os verdadeiros amigos. “Quem perdoa uma ofensa mostra que tem amor” (Pv 17.9). “Assim como os perfumes alegram a vida, a amizade sincera dá ânimo para viver” (Pv 27.9). “Um verdadeiro amigo é mais apegado que um irmão” (Pv 18.24b). Nada disso tem a ver com simples aparência ou virtualidade.
Nosso mundo é real, portanto, nossos amigos têm de sê-lo também! Nossas dúvidas, medos, dificuldades e problemas existem de fato, por isso precisamos de amigos que existam mesmo, que possam nos abraçar, aconselhar e estar ao nosso lado. Seja um amigo de verdade, e você terá amigos na mesma medida.
Nelson Pacheco
Pastor da Igreja Batista do Ipiranga (SP)