Ministros precisam atentar a relações na virtualidade

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Encerrando a reflexão sobre o tema “Igreja: uma influenciadora digital“, assunto principal da edição novembro-dezembro da Revista Batistas SP (BSP), o escrito “Tardios no digitar…” foi redigido por Zé Libério, missionário da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP) entre universitários há mais de duas décadas. O texto acompanha análise do pastor Paulo Sória em “Pastorear em tempos pós-modernos“, e é o segundo artigo a integrar a reportagem principal. 

Esta reflexão fecha o trio de publicações da Batistas SP sobre a influência digital da igreja cristã na sociedade 

Já reproduzidos no site da CBESP, outros conteúdos da BSP17 estão disponíveis para leitura. A Batistas SP é publicação oficial da Convenção de São Paulo. Também está acessível para download, a edição janeiro-fevereiro abordou a presença dos valores cristãos no mercado de trabalho e trouxe ainda reportagem sobre doação, sugestão de livros para ler nas férias, textos especiais sobre os 50 anos da Rádio Trans Mundial, artigo do capelão do Ministério em Presídios sobre reinserção de ex-detentos no mercado de trabalho, escritos das organizações batistas ligadas à CBESP, e outros conteúdos. Clique aqui e tenha acesso gratuito a essa e às edições anteriores.

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Tardios no digitar…*

Nossos dedos andam bem agitados ultimamente. Talvez, posso afirmar com alguma certeza, que nossos melhores sonhos, ou piores pesadelos, não seriam capazes de prever esse universo que foi criado nos últimos 30 anos chamado World Wide Web, a famosa Rede Mundial de Computadores, vulgo Internet. A Internet popularizou o uso de computadores em todos os níveis. Os computadores trouxeram seus programas e aplicativos que, por sua vez, nos apresentaram às redes sociais, as quais nos mostraram o melhor e o pior dos seres humanos.

Alguns entendem que o território virtual é completamente livre e desobrigado de quaisquer regras de conduta. #SQN (só que não).

É necessário estarmos atentos às maneiras de nos relacionar nesse ambiente para que possamos tirar os melhores benefícios que ele nos possibilita. O ser humano é um ser relacional, não é uma ilha, e as ferramentas virtuais nos ajudam, e muito, na jornada de encontrar o próximo.

Entretanto, o que observamos em muitos casos, para preocupação dos estudiosos, e na verdade de todos, é que não temos sido bons habitantes desse universo.

Frequentemente temos cedido às “tentações” desse mundo virtual como salienta o jovem pastor presbiteriano Jean Francesco A. L. Gomes: “Em minha opinião, há pelo menos três tentações às quais os cristãos devem resistir em sua relação com a tecnologia. Primeiro, devemos resistir ao que chamo de tentação da onipresença; segundo, é vital combater a tentação da auto-exibição; e, finalmente, sugiro resistência contra o uso ocioso e viciante da tecnologia virtual.” 

Pastor sugere dicas de como usar bem a rede (Canva)

Tristemente tenho observado líderes cristãos de todos os níveis cedendo em algum momento a, pelo menos, uma dessas tentações. Fato esse que considero lamentável.

‘Alguns entendem que o território virtual
é completamente livre e desobrigado
de quaisquer regras de conduta. #SQN (só que não).’

Sem dúvidas, devemos sempre estar atentos às ferramentas que tornam nossas vidas mais confortáveis e úteis, e talvez possamos e devamos parafrasear Tiago, irmão do Senhor, em sua carta no capítulo um versículo 19, quando diz: “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” 

Quem sabe ficaria assim: “Todos os crentes sejam prontos para ler, tardios para digitar, tardios para provocar desavenças nas redes sociais.” Mais atenção de nossa parte, fará com que nossos dedos sejam usados com mais freqüência para a Glória do Eterno.

Paz e Bem a todos!!!

Zé Liberio
Pastor e presidente da Organização Toca do Estudante

* Reproduzido a partir da Revista Batistas SP (Ano III / Edição 17).

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