Combate ao suicídio é tema na edição 16 da Batistas SP

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Lançada oficialmente hoje (2), a edição setembro-outubro da Revista Batistas SP (BSP) coloca o holofote sobre um tema que vem atingindo diversas sociedades ao redor do mundo. A reportagem principal aborda a luta contra o suicídio.

A publicação bimestral da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP) também manifesta seu apoio ao Setembro Amarelo e à valorização da vida humana.

Em face da atenção a esse assunto ser necessária, o site da CBESP disponibiliza o texto integral junto com sua apresentação. Outros conteúdos relacionados serão divulgados nos próximos dias. A BSP 16 já está disponível para download. Clique aqui e tenha acesso a edições anteriores.

Por Chico Junior

Ao final do primeiro tempo de uma partida de futebol, o suicídio causou uma vítima. Ao término do jogo, já serão duas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que uma pessoa se suicidar a cada 45 minutos no País. “Quando nos referimos ao comportamento suicida, há três dimensões características: intenção, pensamento e desejo de morte, a tentativa, e o suicídio consumado”, explicou a psicóloga Josenilda Ângelo de Oliveira Vaz. O suicídio é a segunda causa de mortes entre jovens na faixa de 15 e 29 anos, e quase levou Vitória*, de 19 anos.

Ela tentou por quatro vezes tirar a própria vida. Chegou a ficar internada após se cortar profundamente. Há cinco anos sob acompanhamento psicológico e psiquiátrico, Vitória ainda diz estar “cansada de viver e de dar trabalho para os pais”. Ministro do Evangelho há quase 30 anos, o pai afirma que lidar com a situação emocional da filha é uma das experiências mais difíceis de sua vida. Ele contou que os primeiros sinais do quadro de depressão da filha se deram há dois anos, inclusive com mutilações.

90% dos suicídios podem ser evitados

“Há muitas pessoas doentes emocionais na igreja, e precisam de tratamento psiquiátrico e terapêutico. Mas ainda há muitos tabus”, disse o pastor ao enfatizar que o drama familiar enfrentado não é exceção entre cristãos. E, de fato, não é mesmo.

Doutorando em Psiquiatria, o psicólogo e pastor Abner Morilha vem estudando o tema para ajudar o povo batista. Em suas pesquisas (saiba mais e como participar no site da CBESP), constatou que a frequência de transtornos emocionais está elevada entre os ministros da denominação, e esse quadro é uma das principais razões para a depressão – um fator de risco à saúde e à vida dos pregadores.

“Perto de 35,5% dos 13.200 pastores batistas no Brasil sofrem de ansiedade grave. Isso é um caminho para Síndrome do Pânico, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), e Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Se você consegue cuidar antes, evita que esses ministros de Deus se tornem doentes de fato”, afirmou ao sinalizar que a depressão atinge quase 2 de cada 10 desses obreiros, conforme números que coletou em seus levantamentos.

* Entrevistada teve nome real preservado

* Reproduzido a partir da Revista Batistas SP (Ano III / Edição 16).

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